terça-feira, 4 de outubro de 2011

Considerações finais: Rock In Rio 2011

Bom, aqui estamos de  volta a esta querida e abençoada terrinha gaúcha. Estive no Rio de Janeiro de 01 à 03 de Outubro e agora recuperando um pouco as energias, volto a escrever.... Na verdade cobri a noite do dia 01/10/2011 do festival e achei demais, demais. Que mega estrutura, que mega evento..... Se você foi alguma vez no Planeta Atlântida aqui do litoral norte gaúcho, multiplique por 100 para você ter uma dimensão do que é o Rock in Rio.... Sucesso de público com mais de 700 mil pessoas e uma estrutura que eu nunca tinha visto antes....

O Palco Mundo foi algo de de encher os olhos de ficar parado olhando só a estrutura. Além do Rock in Rio, estive no Cristo, no Pão de Açúcar, na Lapa, em Copacabana, no Maracanã, no Sambódromo, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Lebron, em Ipanema,na Barra da Tijuca, andei de trem, de ônibus, conheci a cidade bonita e também as favelas da Rocinha e Cidade de Deus. É uma diferença gritante e incomparável de beleza e pobreza, algo que só no Rio existe.....

Os shows terminaram manhã desta segunda-feira com o show do Guns N' Roses. Antes da banda norte-americana, outras dezenas de atrações chamaram a atenção durante sete dias de festival na Cidade do Rock, na Zona Oeste do Rio.

Na minha opinião quem arrebentou nesta edição foi o Metallica. A banda levou ao Palco Mundo grandes sucessos de sua carreira, e mostrou que ainda está em forma. Com James Hetifield inspirado nos vocais e na guitarra, além de Kirk Hammet e o sempre elogiado Lars Ulrich na bateria, o grupo certamente entrou para a galeria dos grandes shows do festival.

System of a Down: a espera foi longa, mas os fãs do Brasil finalmente puderam assistir a um espetáculo completo no último dia de festival. Sucessos antigos e mais recentes fizeram a Cidade do Rock pular intensamente e ir ao delírio durante toda a apresentação.

Slipknot: mascarados fizeram um show tecnicamente perfeito e que contou com muita interação da plateia. Líder da banda, Corey Taylor estava inspiradíssimo e com o grupo certamente agradaram de forma enérgica os fãs que estiveram presentes e os que assistiram de longe.



Stevie Wonder: em um show memorável e que vai marcar época, a lenda da música emprestou ao Rio de Janeiro um pouco da sua genialidade e emocionou milhares de fãs, inclusive fazendo a Cidade do Rock cantar em peso o maior sucesso de Tom Jobim, "Garota de Ipanema".


Cristo Redentor


Coldplay: mais que um show. Um espetáculo de som e luzes contagiou o local. A banda era uma das mais esperadas do evento e não decepcionou. Chris Martin, sempre irreverente, esbanjou carisma e interação com a plateia, e deixou um gosto de quero mais.

Skank: banda brasileira fez show para lá de empolgante. Municiados com grandes sucessos que marcaram o rock brasileiro ao longo das últimas duas décadas, os mineiros não deixaram ninguém parado e muito menos calado durante a apresentação. Um momento inesquecível para o Rock BR no festival.

Maroon 5: show ficou acima da crítica e agradou até aqueles que não conheciam a banda em detalhes. Sucessos já conhecidos por aqui emocionaram e fizeram a Cidade do Rock cantar.

Elton John: mesmo prejudicado por ter sido escalado entre duas atrações teens, muitos foram à Cidade do Rock para ver o músico desfilar grandes sucessos no palco. Foi um dos momentos mais emocionantes desta edição do festival.



Red Hot Chili Peppers: talvez sentindo a falta de seu guitarrista John Frusciante, os californianos fizeram uma boa apresentação, mas mostraram não ser mais o Red Hot de alguns anos atrás.

Janelle Monáe: a norte-americana surpreendeu e fez um show completo, muito animado. Ela mostrou uma enorme potência vocal, chamando a atenção dos presentes.

Frejat: acostumado a festivais e grandes shows, o ex-Barão Vermelho cantou sucessos escritos por Cazuza e algumas de suas canções. Não deixou a desejar.

Katy Perry: em um show para lá de animado e cheio de atrações, a cantora não fez feio no festival e marcou seu nome no evento. Foi um dos momentos mais divertidos do Rock in Rio 2011.

Capital Inicial: Dinho Ouro Preto esbanjou carisma e colocou a Cidade do Rock para cantar com hits que marcaram a carreira do Capital, além de canções da época do Aborto Elétrico, escritas por Renato Russo.

Motörhead: Com seus mais de 60 anos, Lemmy conseguiu fazer um show tecnicamente perfeito com a banda, antes de apresentações históricas de Slipknot e Metallica.

Jamiroquai: grupo colocou a Cidade do Rock para dançar em show enérgico e vibrante.

Ivete Sangalo: surpreendendo a muitos, o furacão baiano "levantou poeira" com sucessos de sua carreira, e alguns covers. Ainda contando com um público a seu favor, Ivete agradou os presentes.

Shakira: colombiana fez o que dela era esperado, apesar de não ter mostrado grandes novidades. O público também aplaudiu. Abertura com "Estoy aqui" - canção que não vinha sendo cantada na turnê - e parceria com Ivete Sangalo foram os pontos altos.


Evanescence: apesar de ser escalado em um dia onde a grande maioria do público era composta por fãs do System of a Down e Guns N' Roses, banda conseguiu dar o seu recado. A vocalista Amy Lee sobrou com seu carisma e potência vocal.

Jota Quest: Também com sucessos que estão na língua do povo, banda mineira liderada por Rogério Flausino fez todos cantarem e não fez feio.

Concerto Sinfônico Legião Urbana: Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá, a OSB e convidados homenagearam Renato Russo e fizeram público cantar sucessos em peso.

As torturas desta edição foram:

Ke$ha: figurino horripilante, voz desafinada e muito aquém do esperado. Um dos piores momentos do festival.

Rihanna: muito atrasada e demonstrando pouca disposição, os hits da cantora empolgaram poucas pessoas na Cidade do Rock.

Lenny Kravitz: cantor se esforçou, mas não conseguiu contagiar quase ninguém com suas músicas. Poucos sucessos e pouco carisma.

Claudia Leitte: cantora foi vaiada, tentou inventar e foi mal recebida pela crítica. Público da Cidade do Rock não gostou.

NX Zero: sucessos da banda ficaram pequenos para imensidão do Rock in Rio. Di Ferrero parecia nervoso e não conseguiu contagiar a plateia.


 

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